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    Pesquisas revelaram contaminação tóxica por metais em líquidos de vape de cannabis, com partículas nanométricas representando riscos significativos à saúde. Isso ressalta os riscos variados associados à vaporização em comparação ao fumo.

    Estudo mostra Cannabis Os vapes contêm metais nocivos de tamanho nanométrico, o que representa riscos à saúde diferentes dos do fumo.

    O vape tem sido frequentemente visto como uma alternativa mais segura ao fumo de nicotina ou cannabis. No entanto, a crescente pesquisa e regulamentação dos vapes está revelando uma série de riscos à saúde associados aos dispositivos. Pesquisadores descobriram que os líquidos para vape de cannabis podem conter partículas metálicas tóxicas de tamanho nano, mesmo antes de o líquido ser aquecido. Esse efeito é ainda pior em dispositivos não regulamentados. Essas descobertas foram apresentadas recentemente na reunião de primavera da American Chemical Society (ACS).

    Contexto regulatório da cannabis e pesquisa inicial

    Embora um número crescente de estados dos EUA esteja legalizando a cannabis, ela ainda é ilegal em nível federal. Em contraste, a cannabis foi legalizada federalmente no Canadá sob sua Lei da Cannabis em 2018. “Os vapes de cannabis são produtos recentemente regulamentados no Canadá, então ainda não temos muitos dados científicos sobre eles”, diz Andrew Waye, que apresentará o trabalho na reunião. “Esta é uma oportunidade para analisarmos algumas das questões relativas aos riscos e incógnitas dos vapes de cannabis.” Waye gerencia o programa de pesquisa no Escritório de Ciência e Vigilância da Cannabis na Health Canada.

    Vaping vs. Fumar: Riscos Comparativos

    Ao contrário do fumo, o vaping não envolve uma reação de combustão, que produz subprodutos prejudiciais. Em vez disso, um dispositivo de vaping aquece um líquido até que ele evapore em um vapor inalável. Como resultado, é frequentemente visto como um método mais seguro para consumir cannabis ou nicotina. No entanto, pesquisas sobre vapes de nicotina mostraram que os componentes metálicos que aquecem o líquido do vape podem liberar metais elementares prejudiciais, incluindo níquel, cromo e chumbo, que podem então ser transportados para o aerossol e depositados no corpo do usuário.

    A equipe de Waye queria investigar se isso também era verdade para vapes de cannabis. Para isso, o grupo colaborou com Zuzana Gajdosechova, que é uma cientista do Metrology Research Centre do National Research Council of Canada, que está envolvida em testes e padronização de cannabis há vários anos.

    Abordagem investigativa e descobertas

    A equipe coletou 41 amostras de líquidos de vape de cannabis — 20 amostras legais e regulamentadas da Ontario Cannabis Store e 21 amostras do mercado ilícito fornecidas pela Polícia Provincial de Ontário. Os líquidos foram analisados ​​por espectrometria de massa para procurar a presença de 12 metais. Produtos de cannabis regulamentados são rotineiramente testados para alguns dos metais analisados, bem como outros contaminantes.

    Para verificar as descobertas da equipe, Gajdosechova colaborou com especialistas em imagens e usou técnicas como microscopia eletrônica de varredura para fornecer uma confirmação visual das partículas metálicas. Enquanto alguns metais, como arsênio, mercúrio e cádmio, estavam dentro dos limites de tolerância geralmente aceitos para produtos de cannabis, outros foram detectados em concentrações consideradas muito altas. O exemplo mais marcante provou ser o chumbo: algumas amostras não regulamentadas continham 100 vezes mais chumbo do que as amostras regulamentadas, excedendo em muito o limite de tolerância geralmente aceito.

    A questão da contaminação por metais

    Importante, essa contaminação por metal foi encontrada no líquido de vapes de cannabis que nunca foram usados ​​e tinham menos de seis meses de uso. “A evidência sugere fortemente que a contaminação por metal pode vir do dispositivo quando ele é produzido, e não do aquecimento das bobinas”, explica Gajdosechova. “Mas dependendo da qualidade do dispositivo, a contaminação pode ser aumentada por esse aquecimento.”

    Além disso, a equipe descobriu que vapes pertencentes ao mesmo lote de produção podem conter diferentes níveis de contaminação por metais, demonstrando um alto nível de variabilidade entre amostras. Isso pode ter implicações para os procedimentos de teste, pois as regulamentações canadenses exigem que as amostras sejam representativas de todo o lote ou lote e que o teste seja feito na última etapa ou depois dela, onde a contaminação pode ocorrer. “Se a contaminação estiver acontecendo quando o dispositivo for montado, você deve testar nesse estágio e não antes”, diz Waye.

    Pesquisa sobre partículas metálicas em nanoescala

    Em seguida, a equipe queria investigar o tamanho das partículas de metal para entender seus potenciais riscos à saúde. Usando partículas únicas acopladas indutivamente plasma espectrometria de massa, os pesquisadores encontraram muitas partículas que eram de nanoescala tamanho. “Algumas partículas de metal nanométricas são altamente reativas e potencialmente prejudiciais”, diz Gajdosechova.

    Seguindo em frente, a equipe quer determinar quantas dessas partículas são transmitidas para o aerossol do vape quando um dispositivo é usado. É quando os metais podem entrar nos pulmões dos usuários, o que será importante para determinar as implicações dessas descobertas para a saúde pública. O efeito foi demonstrado em vapes de nicotina, e os pesquisadores esperam que os vapes de cannabis possam mostrar o mesmo.

    Conclusão: Riscos da vaporização de cannabis

    “Diferentes tipos de produtos de cannabis apresentam riscos diferentes. Nossa pesquisa não responde se vaporizar é mais arriscado do que fumar, apenas ressalta que os riscos podem ser diferentes. Riscos não caracterizados anteriormente com vaporização de cannabis ainda estão sendo identificados”, conclui Waye. Então, embora não haja necessariamente uma maneira de consumir esses produtos “com segurança”, esta pesquisa demonstra que a regulamentação pode ajudar a criar produtos de cannabis mais seguros no geral.

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